Reflexões Rápidas: Sobre a Estupidez, de Robert Musil
1) Tem uma hora que o Musil fala que a humanidade contornou a estupidez da autoafirmação ao dotar o poeta de uma exceção sobre cantar o humano. Eu iria mais longe: a lira é apenas um prisma de odes ao óbvio e ao claro. Ocorre apenas que não costumamos prestar atenção ou nos recusamos pelos nossos limites. Daí depende do poeta pegar a lira e quebrar na cabeça do leitor ou colocar mais cordas nela pra ver se este entende.
2) A conclusão do Musil em Sobre a Estupidez é de que a estupidez é inerente ao ser humano. É inescapável. Ela se mostra no exagero e na simplicidade de ideia, como sinceridade ou vaidade. Pode ser confundida com a inteligência de seu tempo ou a dos tempos que virão. Está na autoafirmação e na negação de si. Qual a arma contra ela, então? Musil acredita que é a modéstia: reconhecer seus limites intelectuais e emocionais, saber-se propenso ao erro por falho é uma forma de diminuir a pertinência dela entre cada um e todos. Adorei quando ele mencionou que nem o estritamente racional e nem o estritamente afetivo protege o ser humano da estupidez - ela se imiscui de qualquer maneira. (Ele pontua dois exemplos disso: a crença tecnocrática-racionalista do começo do século XX e o romantismo alemão.) Como a estupidez se molda aos tempos, o que é tido por virtude pode não sê-lo realmente e a história comprova bem isso. O texto é da décade de 1930 e soa como uma tentativa de impedir que a estupidez resultasse na loucura que veio em seguida sobre a Europa e depois o resto do mundo.
2) A conclusão do Musil em Sobre a Estupidez é de que a estupidez é inerente ao ser humano. É inescapável. Ela se mostra no exagero e na simplicidade de ideia, como sinceridade ou vaidade. Pode ser confundida com a inteligência de seu tempo ou a dos tempos que virão. Está na autoafirmação e na negação de si. Qual a arma contra ela, então? Musil acredita que é a modéstia: reconhecer seus limites intelectuais e emocionais, saber-se propenso ao erro por falho é uma forma de diminuir a pertinência dela entre cada um e todos. Adorei quando ele mencionou que nem o estritamente racional e nem o estritamente afetivo protege o ser humano da estupidez - ela se imiscui de qualquer maneira. (Ele pontua dois exemplos disso: a crença tecnocrática-racionalista do começo do século XX e o romantismo alemão.) Como a estupidez se molda aos tempos, o que é tido por virtude pode não sê-lo realmente e a história comprova bem isso. O texto é da décade de 1930 e soa como uma tentativa de impedir que a estupidez resultasse na loucura que veio em seguida sobre a Europa e depois o resto do mundo.
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